Ilha de Paquetá: uma viagem encantadora no tempo

A Ilha de Paquetá, também conhecida como “Pérola da Guanabara” ou “Ilha dos Amores”, apresenta o formato de um oito, com 1,2 quilômetro quadrado de área e 8 quilômetros de perímetro. Além disso, oferece 12 praias, das quais duas são balneáveis, sendo a mais famosa a da Moreninha (Praia Dr. Aristão).

Paquetá é um daqueles destinos do Rio de Janeiro que merecem ser redescobertos. Neste guia, o Visit Rio te ajuda a explorar o que fazer nessa ilha encantadora, abordando como chegar lá e oferecendo um pouco de história local. Confira!

Com uma história rica, a Ilha de Paquetá foi ocupada pelos franceses antes mesmo da fundação do Rio de Janeiro, tornando-se um local de grande importância na história. Paquetá abrigou personalidades históricas, como José Bonifácio, patriarca da independência.

A Ilha foi ocupada pelos franceses antes mesmo da fundação da cidade do Rio de Janeiro, e inicialmente ocupada pelos indígenas Tamoios. No entanto, foi durante a colonização portuguesa que a ilha ganhou relevância, especialmente quando Dom João VI a utilizou como refúgio. A presença de nobres na ilha durante esse período deixou um legado marcante, evidenciado pelas diversas casas coloniais preservadas até os dias de hoje, mantendo viva a história desse lugar encantador.

Com suas casas antigas, ruas de terra e poucos carros, o transporte na ilha é feito por charretes motorizadas, bicicletas e ecotáxis, proporcionando uma atmosfera bucólica e tranquila. Com cerca de 4.500 habitantes, Paquetá mantém um clima de cidade do interior, investindo em atrações culturais para atrair visitantes.

A principal maneira de chegar à ilha é através das barcas, que partem da tradicional Praça XV, localizada no centro do Rio de Janeiro. Para embarcar, você pode pagar sua viagem diretamente na bilheteria ou utilizar o cartão de transporte do Rio, como o RioCard e Bilhete Único, adquirindo a passagem com desconto. Porém, com o Bilhete Único, é possível comprar apenas duas passagens por dia, permitindo a ida e a volta.

É importante chegar com antecedência à estação das barcas na Praça XV, pois elas são muito pontuais. Se perder o horário, será necessário esperar aproximadamente 1 a 2 horas até a chegada da próxima embarcação. Além disso, é essencial estar atento aos horários e à frequência das barcas, já que variam conforme os dias da semana, fins de semana e feriados. A viagem dura cerca de uma hora, proporcionando um trajeto tranquilo pelas águas calmas da baía, onde é possível contemplar a cidade se afastando e apreciar a vista pouco convencional da Ponte Rio-Niterói.

O terminal hidroviário de Paquetá está localizado na Praça Pintor Pedro Bruno, na Ilha de Paquetá. A passagem da travessia e os horários podem ser consultados no site da concessionária CCR Barcas.

Paquetá é famosa por seu lado cultural, com eventos animados como o Carnaval, a Festa Junina e o Dia de São Cosme e Damião. Geralmente, essas festividades acontecem na Praça São Roque, especialmente no palco do Coreto Renato Antunes.

Nessa mesma praça está a Casa das Artes, um centro dedicado a preservar e promover a cultura da ilha, impulsionando o turismo cultural. Antigamente, a propriedade pertencia a Ormy Toledo, uma empreendedora que realizava saraus frequentados por figuras importantes da elite carioca.

Mais tarde, nos anos 90, a propriedade foi transformada em um Centro Cultural. Hoje em dia, esse local é palco de várias apresentações, sendo uma das mais famosas o evento “Samba com Feijão” que ocorre todo primeiro sábado do mês. A Casa das Artes também é sede da Orquestra Jovem de Paquetá e recebe outros eventos musicais.

Além disso, o centro cultural conta com uma cafeteria/restaurante, onde se pode saborear a cerveja com o nome da ilha, Paquetá. É um lugar muito movimentado nos fins de semana, atraindo pessoas com afinidade pela arte.

Atualmente, as praias de Paquetá estão impróprias para banho. No entanto, visitar essas praias continua sendo um programa agradável, perfeito para assistir ao pôr do sol e fazer piqueniques, já que todos os parques da ilha ficam à beira-mar.

Ao final da rua Furquim Werneck, está a Praia José Bonifácio, nomeada em homenagem ao patriarca da independência. Seguindo, encontra-se a Praia Catimbau, uma bela praia onde, em dias de tempo bom e céu claro, é possível avistar a Serra dos Órgãos ao horizonte.

Um dos pontos turísticos mais famosos da Ilha de Paquetá é a Pedra da Moreninha, localizada na Praia da Moreninha. A Pedra da Moreninha é um mirante natural acessível por uma trilha fácil, proporcionando uma vista panorâmica da Baía de Guanabara, da Ponte Rio-Niterói, do Pão de Açúcar e de grande parte do Rio de Janeiro.
Na lista de praias bonitas para admirar na ilha, estão a Praia dos Tamoios e Catimbau.

Ao explorar a ilha, uma das características marcantes são as numerosas casas históricas preservadas, abrangendo desde construções coloniais até edificações mais contemporâneas.

A ausência de prédios contribui para um ambiente agradável e uma atmosfera de cidade pequena. Destaca-se o Solar del Rei, famoso por hospedar Dom João 6° durante suas estadias na ilha, atualmente preservado como patrimônio e utilizado como biblioteca.

Outro ponto notável é a Casa de José Bonifácio, onde o patrono da independência viveu em prisão domiciliar até 1831; hoje, abriga o Museu de Comunicação e Costumes, aberto a visitas mediante agendamento.

Além desses locais, outras construções de interesse incluem a Casa da Moreninha, cenário da novela de mesmo nome, a Escola Municipal Pedro Bruno, a Capela de São Roque, dedicada a São Roque, padroeiro da ilha, e a Igreja do Senhor Bom Jesus do Monte.

O Parque Darke de Mattos é considerado um dos locais mais encantadores da Ilha de Paquetá. Com uma paisagem arborizada, oferece uma vista espetacular da própria ilha, da Baía de Guanabara e de vários pontos do Rio de Janeiro.

Destaca-se pelas diversas atividades recreativas, como recreação infantil, passeios e caminhadas, além de seu mirante no Morro da Cruz, proporcionando vistas panorâmicas incríveis.

Outro parque significativo é o Parque dos Tamoios, uma homenagem aos indígenas tamoios que habitavam a Baía de Guanabara e Paquetá. Este local também é um dos cartões postais mais bonitos da ilha, uma vista deslumbrante para o mar. No local, há um monumento dedicado ao músico Carlos Gomes, o renomado compositor de ópera do Brasil, lembrando suas contribuições artísticas nos saraus frequentados na ilha.

Ao visitar a Ilha de Paquetá, coloque sua câmera a postos, porque o que não falta são locais para registrar. Na praia José Bonifácio, você encontra um pequeno píer, chamado Ponte da Saudade, um lugar de significado histórico marcante em Paquetá e oferece uma vista deslumbrante para o pôr do sol, sendo um ponto favorito para os amantes da fotografia na ilha.

Outro local peculiar é o Cemitério dos Pássaros, um espaço único na Ilha de Paquetá dedicado ao sepultamento de aves de estimação. Repleto de simbolismo e carinho pela natureza, destaca-se por monumentos como o “Pássaro abatido” e o “Pouso do pássaro cansado”, mantidos pelos moradores locais. Situado próximo ao Cemitério de Paquetá, o local recebe visitantes permanentemente e simboliza o amor pelas aves e pela natureza.

A Pedra dos Namorados é outro ponto cativante de Paquetá, conhecida por sua singularidade e beleza. A lenda local afirma que, se uma pedra atirada em direção ao topo não rolar para o mar, garantirá sorte no amor.

Além desses pontos, destaca-se o Baobá Maria Gorda, tombado como patrimônio histórico desde 1967, uma árvore centenária com uma placa convidando os visitantes a beijarem seu tronco para obter sorte eterna.
Com suas ruas de pedrinhas serenas, casas antigas e atmosfera encantadora, Paquetá oferece uma experiência única. Longe da agitação urbana, este lugar mágico convida à contemplação, onde o tempo parece desacelerar.

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