O Surubar é daqueles bares que poderiam estar na capa de um disco de samba. A atmosfera, as paredes cheias de personalidade e os clássicos tocando na caixa de som são o retrato da Lapa em sua forma mais pura. Em pouco mais de um ano, já levou prêmios de respeito, como o de Melhor Boteco no Rio Show de Gastronomia 2024, e ganhou o título de melhor carta de drinques pela Veja Rio.
A carta é variada, com foco na cachaça, mas com opções para todos os gostos, percorrendo entre clássicos e autorais. Começamos com o Zé: cynar, cachaça envelhecida, mel, limão e hortelã — aromático e com amargor na medida. O Cocota, gin, licor de abacaxi, mate e melaço, é leve e fresco. O Muquira, uma homenagem ao Serjão do Galeto Sats, é simples, mas tem presença: campari com tônica de laranja, cítrico e amargo como deve ser. E o meu preferido da noite, o Mangaleta, frutado, docinho e levemente apimentado, a união perfeita entre vodca, purê de manga com malagueta e espuma de gengibre.
Para comer, petiscos e sanduíches dignos de boteco, com inspiração mineira. Começo com o risole de língua: massa leve, sequinha e crocante, com recheio úmido e bem temperado. Na sequência, o "Sacanagem": espetinhos de acepipes com ovo de codorna, linguicinha, batata calabresa e picles de cenoura e maxixe. Perfeito para acompanhar uma bela cerveja gelada.
Dos pratos para compartilhar, a maçã de peito com pão da casa é destaque: cubos de peito de boi macios, imersos no molho do seu cozimento, untuoso e cheio de sabor, com pão francês temperado com manteiga de ervas e alho para acompanhar e se lambuzar.
Fecho a noite com o sanduíche de pernil desfiado, queijo e abacaxi, que aqui em pedaços sutis mostra como a fruta pode realçar sem competir com a suculência da carne, uma verdadeira suruba organizada. Perfeito para matar a fome e manter o sorriso.
Endereço: Rua da Lapa, 151 - Lapa - Rio de Janeiro Siga: @surubar.rj
























